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Sua Mãe

Esta edição da coluna de música traz uma banda peculiar. A começar pelo fato de o vocalista ser mais conhecido por seu trabalho como ator, já ter feito alguns galãs de novela, protagonizado filmes foi por causa de um desses filmes, que neste momento está passando na Globo, que eu lembrei que há tempos quero postar sobre a banda dele! e peças teatrais. Ao contrário de vários atores por aí, ele não "leva a sério" a carreira de cantor. A começar pelo estilo musical da banda, o brega! O que vai de encontro com o estereótipo ator/cantor/apresentador/modelo/DJ que normalmente recorre ao estilo romântico.
Vide Fábio Júnior, Rodrigo Faro e... Dado Dolabella [hã?] - se é que ele pode ser considerado cantor, ou ator, ou os dois!

E o "não levar a sério por ser brega" não é menosprezando o ritmo. Até porque, eu mesma já disse em posts anteriores que sou fã de brega! É mesmo pelo fato de os próprios artistas bregas "não se levarem muito a sério". Ou você acha que a Joelma sai com aquelas roupas na rua???
São todos personagens. E excelentes personagens, por sinal. Talvez por isso a combinação ator/cantor tenha dado certo nesse caso.

Bom, mas chega enrolação. A banda da qual eu falo é a Sua Mãe não. não estou xingando. É o nome da banda mesmo!. E o ator é o Wagner Moura!



Em 1992, o ainda iniciante ator Wagner Moura decidiu montar o grupo Sua Mãe - com seis amigos da faculdade, de Salvador. Quanta ironia! Enquanto todos ao redor remavam no mar do axé, eles iam contra a corrente. Nada Chiclete com Banana ou É o Tchan! O lance era rock and roll. A "música superpopular brasileira", termo usado por Wagner para se referir à "música brega", veio do toca-discos dos pais do ator. Já o pós-punk de Cure, Smith e Joy Division, era uma forma de se opor à ditadura do axé.


Algumas declarações do ator ratificam o que eu afirmei acima: "[a banda] foi sempre uma grande diversão e nunca nossa prioridade. Mas quando a banda completou 15 anos, decidimos gravar uma demo com as nossas melhores músicas... Essa demo acabou se transformando no disco The Very Best of the Greatest Hits. Nele, colocamos canções que foram gravadas, muitas vezes, quando estávamos bêbados". Viu como eles não se levam a sério?!

Sua Mãe é composta ainda por Gabriel (arranjos, guitarra e vocal), Leco (bateria), Serjão Brito (baixo), Ede Marcus (guitarra base e vocal), Tangre Paranhos (teclados e vocal) e Claudinho David (violão, ritmo e vocal).

Ficou curioso? Confere aí o som dos caras:

O Brasil lá fora - Copa

Como só se fala nisso no país do futebol, o assunto desta coluna não poderia ser diferente: COPA DO MUNDO!
Temos dois temas para abordar hoje. O primeiro é como os jornais internacionais viram a vitória do Brasil por 2 a 1 sobre a Coréia do Norte. 



O The New York Times, com sempre, trouxe um texto mais longo e se aprofundou mais no assunto, dando detalhes do jogo e colocando a sua posição com relação à partida e à atuação das equipes. O jornal colocou a Seleção Brasileira como nervosa e impaciente com a defesa compacta e organizada da Coréia do Norte. O texto cita que o gol feito pelo time asiático dá a eles esperança de que nem tudo está perdido, mesmo num grupo que inclui Portugal e Costa do Marfim. O que se segue é a afirmação de que o objetivo do Brasil é muito maior. Nada menos que o sexto título mundial irá nos satisfazer. Maaaaaas, a seleção ainda tem quem fazer alguns ajustes. Um exemplo é Kaká e que, segundo a matéria, mostrou apenas relances do craque indomável que foi eleito melhor jogador do mundo em 2007. Os elogios ficaram para Robinho.
Uma das declarações interessantes publicadas na matéria foi a de Maicon, que ao contrário da maioria dos jogadores elogiou a Jabulani. E, logo em seguida, sobrou elogio pro Maicon Também! Com direito a mini-biografia e a explicação para o nome do jogador (Maicon Douglas Sisenado): uma homenagem ao a ator Michael Douglas, considerado muito sexy pela mãe do atleta. Informação um tanto quanto dispensável e com um certo tom de ironia, eu diria. 


O que se segue são comentários com relação ao regime político norte-coreano: torcedores, vestidos com roupas idênticas, escolhidos pelo Governo Coreano para estarem ali, mas, que, segundo o jornal, na verdade são chineses; e uma afirmação que dá a entender que, possivelmente, apenas o gol da Coréia será reproduzido pela rede de TV estatal do país.


Parece que o El País preferiu se isentar as críticas e deixou tudo a cargo da mídia brasileira. Ou então foi preguiça de apurar e escrever mesmo! Porque a única matéria que achei no site sobre o jogo da Seleção Brasileira trouxe como fontes Folha de São Paulo, Lance, O Globo e o site Globo Espote. A primeira frase do texto reproduz a manchete do Globo de hoje: "Tanto segredo para isso?". Logo em seguida reproduz trechos das matérias do Globo e da Folha de São Paulo, que classificaram a atuação da Seleção Canarinha como "fria, burocrática e pouco imaginativa, e obteve uma vitória sofrida ante à, teoricamente, seleleção mais fraca do Mundial", "uma vitória sem brilho e com um futebol pobre". O periódico espanhol ressalta ainda que ambos os jornais criticaram as tuações de Kaká e Luis Fabiano.
No parágrafo seguinte é colocada a posição do Lance como menos contundente nas críticas. Com relação aos jogadores, a matéria do El País afirma que o Lance acrescentou Robinho à lista de titulares que passaram despercebidos. Por fim, o Globo Esporte e repete tudo o que foi citado e coloca Maicon como jogador destaque.


O outro fato a ser abordado já está um tanto quanto batido, mas não poderia passar depercebido no blog. Se trata do CALA BOCA GALVÃO!



A frase que tomou conta do Trending Topics do Twitter também teve lugar nos jornais The New York Times e El País.
Pra quem ficou sabendo, mas não conferiu as matérias, seguem alguns trechos, digamos, interessantes:

O NYT se referiu ao narrador brasileiro como "máquina de clichês bombásticos", ao explicar para os leitores quem é Galvão! Um dos personagens entrevistados, um brasileiro que vive em Nova York, disse que "a maioria das pessoas [brasileiras] gostaria de 'fazer hora com a cara' do Galvão"
E para quem não sabe, o aquele vídeo com locução "que parece ter saído direto de uma produção da BBC", como o próprio jornal define, foi feita por Fernando Motolese, um comediante e produtor audiovisual de São Paulo. A matéria diz que ele gastou 32 horas [quase ininterruptas, diga-se de passagem!] para fazer o vídeo e recrutou o ator britânico, Stewart Clapp, para fazer a locução.



O texto ousa dizer que a "piada interna de um país inteiro" foi mais satisfatórea que a vitória de 2x1 do Brasil sobre a Coréia. O finalzinho da matéria diz que Galvão não se importa com a piada.


O El País começa citando todas as possibilidades para o significado do CALA A BOCA GALVÃO. De música da Lady Gaga a pássaro em extinção. Mas revela que a verdade é que a frase é uma grande brincadeira dos usuários brasileiros do Twitter - país que só perde para os EUA em número de usuários.
E completa a  matéria dizendo que a Globo respondeu de maneira divertida a solicitação das pessoas que pedem na rede social que Galvão pare de falar durante as partidas: criou um jogo com as frases mais populares do locutos. O jogo se chama "Fala, Galvão!". Confesso que essa do jogo eu não sabia até ler a matéria.

Ficou curioso pra saber como funciona? Clique aqui!