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O Brasil lá fora - Copa

Como só se fala nisso no país do futebol, o assunto desta coluna não poderia ser diferente: COPA DO MUNDO!
Temos dois temas para abordar hoje. O primeiro é como os jornais internacionais viram a vitória do Brasil por 2 a 1 sobre a Coréia do Norte. 



O The New York Times, com sempre, trouxe um texto mais longo e se aprofundou mais no assunto, dando detalhes do jogo e colocando a sua posição com relação à partida e à atuação das equipes. O jornal colocou a Seleção Brasileira como nervosa e impaciente com a defesa compacta e organizada da Coréia do Norte. O texto cita que o gol feito pelo time asiático dá a eles esperança de que nem tudo está perdido, mesmo num grupo que inclui Portugal e Costa do Marfim. O que se segue é a afirmação de que o objetivo do Brasil é muito maior. Nada menos que o sexto título mundial irá nos satisfazer. Maaaaaas, a seleção ainda tem quem fazer alguns ajustes. Um exemplo é Kaká e que, segundo a matéria, mostrou apenas relances do craque indomável que foi eleito melhor jogador do mundo em 2007. Os elogios ficaram para Robinho.
Uma das declarações interessantes publicadas na matéria foi a de Maicon, que ao contrário da maioria dos jogadores elogiou a Jabulani. E, logo em seguida, sobrou elogio pro Maicon Também! Com direito a mini-biografia e a explicação para o nome do jogador (Maicon Douglas Sisenado): uma homenagem ao a ator Michael Douglas, considerado muito sexy pela mãe do atleta. Informação um tanto quanto dispensável e com um certo tom de ironia, eu diria. 


O que se segue são comentários com relação ao regime político norte-coreano: torcedores, vestidos com roupas idênticas, escolhidos pelo Governo Coreano para estarem ali, mas, que, segundo o jornal, na verdade são chineses; e uma afirmação que dá a entender que, possivelmente, apenas o gol da Coréia será reproduzido pela rede de TV estatal do país.


Parece que o El País preferiu se isentar as críticas e deixou tudo a cargo da mídia brasileira. Ou então foi preguiça de apurar e escrever mesmo! Porque a única matéria que achei no site sobre o jogo da Seleção Brasileira trouxe como fontes Folha de São Paulo, Lance, O Globo e o site Globo Espote. A primeira frase do texto reproduz a manchete do Globo de hoje: "Tanto segredo para isso?". Logo em seguida reproduz trechos das matérias do Globo e da Folha de São Paulo, que classificaram a atuação da Seleção Canarinha como "fria, burocrática e pouco imaginativa, e obteve uma vitória sofrida ante à, teoricamente, seleleção mais fraca do Mundial", "uma vitória sem brilho e com um futebol pobre". O periódico espanhol ressalta ainda que ambos os jornais criticaram as tuações de Kaká e Luis Fabiano.
No parágrafo seguinte é colocada a posição do Lance como menos contundente nas críticas. Com relação aos jogadores, a matéria do El País afirma que o Lance acrescentou Robinho à lista de titulares que passaram despercebidos. Por fim, o Globo Esporte e repete tudo o que foi citado e coloca Maicon como jogador destaque.


O outro fato a ser abordado já está um tanto quanto batido, mas não poderia passar depercebido no blog. Se trata do CALA BOCA GALVÃO!



A frase que tomou conta do Trending Topics do Twitter também teve lugar nos jornais The New York Times e El País.
Pra quem ficou sabendo, mas não conferiu as matérias, seguem alguns trechos, digamos, interessantes:

O NYT se referiu ao narrador brasileiro como "máquina de clichês bombásticos", ao explicar para os leitores quem é Galvão! Um dos personagens entrevistados, um brasileiro que vive em Nova York, disse que "a maioria das pessoas [brasileiras] gostaria de 'fazer hora com a cara' do Galvão"
E para quem não sabe, o aquele vídeo com locução "que parece ter saído direto de uma produção da BBC", como o próprio jornal define, foi feita por Fernando Motolese, um comediante e produtor audiovisual de São Paulo. A matéria diz que ele gastou 32 horas [quase ininterruptas, diga-se de passagem!] para fazer o vídeo e recrutou o ator britânico, Stewart Clapp, para fazer a locução.



O texto ousa dizer que a "piada interna de um país inteiro" foi mais satisfatórea que a vitória de 2x1 do Brasil sobre a Coréia. O finalzinho da matéria diz que Galvão não se importa com a piada.


O El País começa citando todas as possibilidades para o significado do CALA A BOCA GALVÃO. De música da Lady Gaga a pássaro em extinção. Mas revela que a verdade é que a frase é uma grande brincadeira dos usuários brasileiros do Twitter - país que só perde para os EUA em número de usuários.
E completa a  matéria dizendo que a Globo respondeu de maneira divertida a solicitação das pessoas que pedem na rede social que Galvão pare de falar durante as partidas: criou um jogo com as frases mais populares do locutos. O jogo se chama "Fala, Galvão!". Confesso que essa do jogo eu não sabia até ler a matéria.

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