E o "não levar a sério por ser brega" não é menosprezando o ritmo. Até porque, eu mesma já disse em posts anteriores que sou fã de brega! É mesmo pelo fato de os próprios artistas bregas "não se levarem muito a sério".
São todos personagens. E excelentes personagens, por sinal. Talvez por isso a combinação ator/cantor tenha dado certo nesse caso.
Bom, mas chega enrolação. A banda da qual eu falo é a Sua Mãe
Em 1992, o ainda iniciante ator Wagner Moura decidiu montar o grupo Sua Mãe - com seis amigos da faculdade, de Salvador. Quanta ironia! Enquanto todos ao redor remavam no mar do axé, eles iam contra a corrente. Nada Chiclete com Banana ou É o Tchan! O lance era rock and roll. A "música superpopular brasileira", termo usado por Wagner para se referir à "música brega", veio do toca-discos dos pais do ator. Já o pós-punk de Cure, Smith e Joy Division, era uma forma de se opor à ditadura do axé.
Algumas declarações do ator ratificam o que eu afirmei acima: "[a banda] foi sempre uma grande diversão e nunca nossa prioridade. Mas quando a banda completou 15 anos, decidimos gravar uma demo com as nossas melhores músicas... Essa demo acabou se transformando no disco The Very Best of the Greatest Hits. Nele, colocamos canções que foram gravadas, muitas vezes, quando estávamos bêbados".
Sua Mãe é composta ainda por Gabriel (arranjos, guitarra e vocal), Leco (bateria), Serjão Brito (baixo), Ede Marcus (guitarra base e vocal), Tangre Paranhos (teclados e vocal) e Claudinho David (violão, ritmo e vocal).
Ficou curioso? Confere aí o som dos caras:
0 comentários:
Postar um comentário