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O cinema

Ir ao cinema é um tipo de diversão garantida em qualquer lugar do mundo, certo?
Mais ou menos. Depois de quase dois meses na Espanha e de ouvir muitas lendas sobre os cinemas daqui, surgiu a oportunidade de conferir com meus próprios olhos se tudo o que falavam era verdade mesmo.

O susto começou na compra da entrada. Não aceitavam carteirinha de estudante. Pelo que a moça falou tinha a ver com o dia da semana, que era sábado. Morri em 6,20 euros. Nem quero colocar o valor em real, pra não me arrepender. Faça a conta aí você mesmo.

Ok. Entrada paga, seguimos rumo à sala de exibição. Meu Deus! Nem o menor cinema de Valadares [acho que chamava Cine Center antes de virar igreja!] tinha uma sala tão pequena, com uma tela tão pequena. Mas tudo bem. Pelo menos as cadeiras eram confortáveis.

O filme escolhido foi Cartas a Julieta. Uma comédia romântica, bem água com açucar, com Gael Garcia Bernal, perfeita para momentos em que não que se quer pensar muito no que se está assistindo. Não vou contar o enredo aqui porque é um pouco grande para explicar em poucas linhas. A moral da história é que nunca é tarde para lutar por um grande amor.

Bom, mas o post não é sobre o filme. E sim pra falar que TODOS os cinemas da cidade, por mais que tenham salas e telas maiores do que o que eu fui, só exibem filmes dublados. Tipo Sessão da Tarde. Eu perguntei pra moça da bilheteria e ela me confirmou. Não há filmes com áudio original. Até Barcelona, uma cidade grande, não escapa. Perguntei pra atendente de um dos cinemas se tinha algum filme em inglês e ela me respondeu com um contundente "Nunca!". Segundo ela, só um cinema da cidade passa filme com legendas.

É amigos, realmente os espanhóis prezam muito pelo idioma deles. Não vale falar inglês aqui não! Nem no cinema.

Obs: saudade das segundas e terças-feiras em Juiz de Fora, quando a entrada para o cinema é dois reais e o áudio é original.

1 comentários:

Felps disse...

E tem gente que reclama daqui...