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Je suis dans la piscine


Voltando à viagem...

Paris! Inacreditável. Quando na minha vida eu ia imaginar que eu iria pra Paris, gente? E com a Mariana Pena ainda por cima! Vai vendo aí. Tudo é possível [e isso é só começo. o grosso do inimaginável ainda está por vir].
Tudo bem que a gente chegou lá de ônibus, nada glamour. Mas o importante é chegar, né não?! E não sei se já falei aqui, mas ônibus europeu é outra coisa. E estrada européia é outra coisa também. Parece que você tá deslizando no asfalto. Pra quem tá acostumada com a Rio Doce, eixo Juiz de Fora/Governador Valadares, pegar uma Eurolines, eixo Bruxelas/Paris, é puro luxo e glamour, meo bein!
Já em Paris, era hora de descobrir onde fica o hostel. Sabíamos a estação de metrô que tínhamos que descer, então foi tranquilo. E o sistema de metrô de Paris é bem sinalizado e fácil de andar [nada parecido com o de Bruxelas]. O problema foi a hora que a gente saiu do metrô. A estação tinha o mesmo nome da rua do hostel, então a gente achou que ia ser mega fácil. Só procurar o número. Mas cadê o número? Num tinha. Fudeu! Três donzelas, soltas pelas ruas de Paris, num domingo, 23h, cheias de malas, mochila e sacolas com chocolate e cerveja belga. E sem hostel. Pronto. O hostel não existe, pensei. Mas num era possível. Um amigo nosso que tinha ido a Paris ficou nesse hostel. "A gente tá é no lugar errado". Mas e quem disse que tinha placa com o nome da porcaria da rua. "Vamo perguntar então". Mas domingo, 11h da noite, vamo combinar que nem em Paris tem gente na rua, né?! Achamos uma padaria aberta. Outro problema: todo mundo fala que na França num rola de falar inglês, né?! Mais uma vez tive que lançar mão do meu Francês Instrumental I e II. Depois do "je suis dans la piscine" rondar a minha mente, consegui formular uma frase. Saiu algo parecido com "coman je... fet pour arriver a... la rue du...crimé?". Enquanto eu falava, nego me olhava com uma cara de "desprezo francês". Mas foram simpáticos comigo e me explicaram como fazia pra chegar na rua. E eu entendi! Chegamos no hostel. Daí em diante foi só Notre Dame, Bastilha, Louvre, Torre Eifel, Sacre Coueur, Moulin Rouge, Mon Martre, Arco do Triunfo, Champs Elisee, Gran Palais, Petit Palais, Rio Sena, Ópera, Galerie La Fayete...
LINDO, LINDO LINDO! Foi o oposto de Amsterdam. Porque Paris é aquela coisa, né?! Torre Eifel, Arco do Triunfo... Tudo muito famoso. A gente tá cansado de ver a Torre Eifel. Nem criei muitas expectativas. Mas quando eu cheguei lá... Ai, gente! Que vontade de ficar lá pra sempre. Porque quatro dias é muito pouco.
Quanto ao francês, bom, com um mapa na mão e um bom senso de direção, é impossível se perder em Paris. Então a gente quase nem pediu informação na rua. Nos bares, cafés e restaurantes eu bem que tentava arriscar um francês. Mas nem era necessário. É que como tem MUITO turista [muito mesmo!], o pessoal fala inglês. Acho que tem mais turista que francês, inclusive. E brasileiro, então?! É andar 10 minutos na rua pra passar por alguém falando português [do Brasil!]. Nós estamos por toda parte. E o mais engraçado: lá tem muito comerciante de rua, camelô, artista... E eles conseguem reconhecer a nacionalidade das pessoas. Sempre que a gente passava eles falavam: ô brasileira, num quer uma Torre Eifel não? [em inglês, lógico]. E a gente encucada com aquilo.. Como esse cara sabe que a gente é brasileira, Jesus? Ainda mais eu, que sou quase uma européia. Vivo aqui há cinco meses [hauahauha aham, Cláudia!]. Um belo dia, estávamos no Mon Martre, e um artista ofereceu pra fazer um desenho da gente. E chamou a gente de brasileira. "Pô! Num é possível!". Aí eu num aguentei, tive que perguntar como ele sabia que a gente era do Brasil. E ele disse "Tá sorrindo e com frio, é brasileiro!".

Je suis dans la piscine


Dicas:

- quando for à Torre Eifel, se algum africano [naquela região tem muito africano vendendo buginganga] vier pro seu lado segurando umas linhas e te parar falando que vai fazer Hakuna Matata em você, corre que é fria! Mas não precisa correr literalmente. Só manda um "no, thanks!" e tá beleza. O mesmo com as criancinhas que chegam te pedindo pra assinar um papel pra ajudar a ONU, ou sei lá que instituição que é... Eles vão te pedir dinheiro em troca. E você tem que dar [eles enchem tanto o saco que você acaba dando]. E se você der pouco, eles pedem mais!
- não vá ao pub crawl [um tour pelos bares de Mon Martre]. É
roubada também. Você paga 12 euros pelo passeio. Mas é só pelo passeio. Você num ganha nem um chupitinho... Tem que pagar pela bebida nos bares.

- Confira se o museu que você vai está funcionando. A gente foi num monte de lugar que tava em reforma ou não abria no dia que a gente foi. O Louvre, por exemplo, não abre na terça-feira. A gente não sabia disso. Fomos lá e perdemos a viagem...

- Se for fazer o passeio de barco no Rio Sena, tente
verificar se no seu barco não vai ter uma caravana de 200 japoneses. Eles se levantam TODOS, ficam tirando foto de tudo e você não consegue ver nada...


Próxima parada: República Tcheca!


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