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Volta às aulas, que alegria!

Enquanto meus coleguinhas no Brasil estão terminando mais um "mergulhão" (apelido dado às disciplinas práticas do final do curso), eu, em pleno dia 20 de setembro, voltei às aulas. Mais ansiosa que a caloura, vinda de Governador Valadares, no seu primeiro dia de aula na UFJF. Muuuuito mais. Por uma série de fatores:

1) Os professores não falam português. Lógico! E eu já vim pra cá sabendo disso, né?! Mas vai que eles falam rápido e usam um linguajar que eu não domino?

2) E se na sala só tivessem espanhóis que já se conhecessem e fossem "best friends forever" e eu ficasse excluída num canto, já que eles não são muito receptivos?

3) O meu espanhol nem é tão bom assim. Pelo menos eu achava isso [até conhecer os meus coleguinhas de sala]. E se tivessem mil trabalhos pra apresentar lá na frente falando em espanhol [lógico!] com todos os meus coleguinhas "best friends forever" olhando?

Bom, mas a melhor maneira de saber se as minas expectativas iam se cumprir era ir à aula. Cheguei bem cedo. Mineira, né?! Não perde o trem. Fiquei com medo de não achar a sala e ficar perdida na universidade. Bem caloura mesmo. Achei a sala fácil. Mas ainda não tinha ninguém lá. Então fui passear. Quando voltei, tinha uma menina. Pensei em perguntar se aula de "Sistemas Políticos de Europa" era ali. Mas antes que eu abrisse a boca ela veio falar comigo. A primeira coisa que ela perguntou era se eu falava inglês!!! Eu ri e disse que sim. A partir daí começamos a conversar. Em inglês. Então chegou uma loira, alta, do olho azul, sentou do nosso lado e ficou olhando. Não demorou ela entrou na conversa também. A primeira se chama Veronika e é tcheca [é inevitável não lembrar daquela canção antológica do grupo É o Tchan: "pega tcheca, solta a tcheca, leva a tcheca pra sambar, ô lá lá"]. A loira bonitona é sueca, a Linnea [pra entender que era assim o nome dela demoramos uns 10 minutos]. Não demorou chegou mais uma. Alemã. Mas do nome fácil: Maria. A partir daí nos tornamos "best friends forever"! Descobrimos que compartilhávamos dos mesmos medos. E eu descobri que o meu espanhol é "fueda"!
Cara, nego é muito doido! Vem pra cá estudar e só sabe falar "Hola! Que tal?" em espanhol. É aquela história: olha pra baixo, tem alguém te dando tchau! As meninas não entendiam nada que o professor falava. Eu tinha que fazer uma tradução simultânea. No fim do dia meu cérebro tava dando tilte. Já estava pensando em inglês e misturava português, inglês e espanhol na mesma frase.
O bom é que a sala é quase uma convenção da ONU! Gente de todo lugar do mundo. Alemanha, França, Itália, Holanda e mais um monte de lugar que eu não lembro. E três latinos: eu, um porto-riquenho [é assim que escreve?] e uma colombiana. Com esse tanto de estrangeiro o professor se mostrou mais flexível. Ainda bem.
Agora é esperar pra ver como vão ser as outras aulas. Acho que não deve ter tanto estrangeiro como nessa. Mas pelo menos a primeira aula da semana eu já sei que vai ser legal!

5 comentários:

Ronan disse...

é triste ser lembrado por é o tchan né?

Tainá Costa disse...

Fazer o quê?
Tem coisas que fizeram parte da nossa vida e que não podemos apagar.
Não temos escolha. Infelizmente.

Anônimo disse...

Gente, que delícia! Tô aqui só lembrando do meu intercâmbio, que saudade monstra!!!! Arrebenta, Tainá!
Beijos!!!!

Rodrigo Pedrotti disse...

Que foda Tainá! Saudade gigante de vc q sempre resolve passear pelo mundo. Morro de rir com sues posts e com a brilhante forma como vc consegue colocar em palavras o seu jeito de falar. Eu juro que consigo te ver falando na tela! rsrsr!

Aproveita aí!

bjoo!

Tainá Costa disse...

Oi, pessoas!
Brigada pelos comentários.
Realmente está sendo uma experiência e tanto. Uma montanha russa de emoções rs!

Beijão!