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Táxi - a saga continua



Continuação do post anterior. Se não leu, acessa .

Deixou os arrependimentos de lado e começou a bolar um plano. Sair correndo? Falar que esqueceu uma coisa na rodoviária e voltar... correndo? Mas já era tarde demais. Chegaram no carro.
Como previsto, não era táxi coisíssima nenhuma. Era um carro velho, desses dos anos 80, de modelo quadrado. Um Chevette ou Voyage. Não teve tempo de identificar. Muito menos de olhar a placa. Merda! Quando viu já estava sentada no banco de trás. O estofado rasgado, o som era um toca fitas (bem condizente com a idade do carro, por sinal) e o taxímetro... Bom, ela não achou o taxímetro.
Nesse instante, começou a rezar. Até porque ela nunca tinha estado naquela cidade. Não fazia idéia de qual lado era o centro. E se ele estivesse levando-a para favela do pensamento anterior? Começou a se arrepender de não ter corrido enquanto dava tempo. Por que não seguiu o conselho de pegar só táxi amarelo? Cogitou a possibilidade de na hora que ele parasse em algum sinal, abrir a porta e sair do carro... correndo! Mas o carro era duas portas. E ela estava no banco de trás. Merda de novo!
O que ela podia fazer era ir seguindo as placas que indicavam o centro. Felizmente parecia que estavam indo na direção correta.
Depois de quinze minutos de agonia, que mais pareceram quinze horas, ela começou a avistar prédios e avenidas parecidos com os que ela via na TV. Muito comércio e pessoas andando. É. Estava no centro. Mas e se ele passasse direto?
Foi quando o "taxista" estacionou e avisou que havia chegado.
UFA! Ela abriu um sorriso do tamanho do universo. Ufa, ufa, ufa! Pôde até respirar melhor e conseguiu falar.
-Quanto deu?
-Cem reais.
Estava muito bom para ser verdade.
-QUÊ? CEM REAIS??? Mas não eram mais ou menos quinze? O senhor disse isso na rodoviária.
-Não querida, deu cem reais a sua corrida.
O tom da voz dele deu a entender que não estava a fim de negociação. E vai que ele resolve sacar uma arma? Deus me livre! Tudo bem. Depois do susto, se ele cobrasse 200 ela pagaria. Só de estar viva e do assalto não ter sido à mão armada, já valia o preço. Tudo para sair daquele "táxi".

1 comentários:

Anônimo disse...

CEM REAIS? morri!